Reforma Tributária: o que muda para sua empresa com o PLP 108

Senado aprova PLP 108 e consolida avanços na Reforma Tributária

No dia 30/09/2025, o Senado Federal deu mais um passo decisivo rumo à consolidação da
Reforma Tributária, ao aprovar o Projeto de Lei Complementar (PLP) 108/2024, já validado pela
Câmara dos Deputados. Durante a tramitação, os senadores discutiram e incorporaram 195
emendas, ampliando o alcance e o detalhamento da proposta.
Trata-se de uma legislação estruturante, com efeitos diretos sobre empresas, cidadãos, municípios
e estados, já que o projeto disciplina a criação e o funcionamento do Comitê Gestor do IBS – órgão
que terá papel central na arrecadação, fiscalização e distribuição de recursos.

Principais pontos aprovados:

Comitê Gestor do IBS

  • Definição do órgão, com poderes para arrecadar, fiscalizar e distribuir o Imposto sobre Bens e
    Serviços (IBS).
  • Surge como novo regulador tributário nacional, com forte impacto sobre a rotina fiscal das
    empresas.


Distribuição de recursos entre estados e municípios

  • A base de cálculo da arrecadação de 2024 a 2026 servirá como referência para a partilha futura.
  • Estados e municípios tendem a intensificar as fiscalizações, buscando ampliar sua arrecadação
    nesse período-base.


Regras específicas e novidades

  • ITCMD: regulamentação de arrecadação e isenções.
  • Autoridade fiscal: retirada da definição prevista no Código Tributário Nacional, substituída por
    dispositivo mais detalhado no corpo da lei.
  • Infrações: regulamentação das penalidades aplicáveis aos contribuintes.
  • Plataformas digitais: possibilidade de isenção de penalidades pela ausência de documento fiscal,
    desde que emitam e recolham IBS e CBS em até 30 dias.
  • Entidades sem fins lucrativos: rol de isenções ampliado, incluindo sindicatos e confederações.
  • Gratuidade de sistemas: reforço de que não haverá custo para envio e recebimento de dados
    básicos destinados ao cumprimento das obrigações acessórias.
  • Vale-transporte e vale-alimentação: créditos tributários garantidos sem depender de acordo ou
    convenção coletiva.
  • Créditos presumidos de IBS: definidos a partir de 2027.

Impactos esperados

  • Para empresas: será necessário um redobramento de atenção às rotinas fiscais. O Comitê
    Gestor atuará como fiscalizador centralizado, o que pode aumentar a complexidade de
    compliance, mas também trazer maior uniformidade nas regras.
  • Para estados e municípios: a disputa por arrecadação deve se intensificar até 2026, uma vez que
    esse período será determinante na definição dos repasses futuros.
  • Para contribuintes em geral: mudanças podem refletir em preços e serviços, dado que empresas
    precisarão ajustar processos de apuração e recolhimento de tributos.

Conclusão
A aprovação do PLP 108 reforça a importância da Reforma Tributária como marco de
transformação econômica no Brasil. O novo Comitê Gestor do IBS representa uma mudança
significativa na forma de arrecadação e fiscalização, exigindo que empresas e gestores públicos se
adaptem rapidamente.
Mais do que acompanhar, é essencial se antecipar às mudanças: revisar estratégias fiscais,
aprimorar controles internos e investir em compliance tributário. O futuro da tributação no país já
começou a ser redesenhado – e estar preparado será um diferencial competitivo.

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