A Reforma Tributária já está em andamento e traz impactos diretos para empresas de todos os portes. No entanto, os pequenos empresários , especialmente aqueles enquadrados no Simples Nacional e MEIs , precisarão de atenção redobrada. Com a criação de um novo imposto, o IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) e da CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços) , as regras de créditos tributários mudarão significativamente, o que pode afetar a precificação e a competitividade dos negócios.
Mudanças nos Créditos Tributários: Oportunidade ou Risco?
Atualmente, muitas empresas do Simples Nacional não geram créditos tributários para seus clientes, o que pode torná-las menos atrativas em relação aos concorrentes enquadrados no Lucro Real ou no Lucro Presumido . Com a nova sistemática da Reforma Tributária, apenas empresas no Regime Regular poderão garantir créditos integrais.
Isso significa que os pequenos empresários precisarão avaliar se vale a pena continuar no Simples Nacional ou migrar para o novo regime. Essa decisão dependerá de uma análise detalhada da estrutura de custos, do perfil dos clientes e das oportunidades de créditos tributários. Sem essa adaptação, muitas empresas podem perder mercado para concorrentes mais bem estruturados.
O que é Split Payment? E como essa nova regra afetará o caixa das empresas?
Outra mudança importante será a implementação do Split Payment , sistema que descontará os tributos diretamente no ato da venda, enviando-os automaticamente ao governo.
Com isso, o valor que entra no caixa da empresa será menor, pois parte do pagamento será retirada imediatamente. Para negócios que dependem de fluxo de caixa contínuo para cobrir custos operacionais e pagar fornecedores, essa mudança pode gerar dificuldades. As empresas que trabalham com prazos longos de captação precisarão reavaliar suas políticas financeiras para evitar problemas de liquidez.
Como Pequenos Empresários Podem Se Preparar para a Reforma Tributária?
Diante dessas mudanças, antecipar-se será essencial. Algumas ações fundamentais incluem:
1 – Revisar a precificação : Como os tributos serão cobrados por fora, os preços precisam ser recalculados para evitar perdas de margem de lucro.
2 – Avaliar a necessidade de mudar de regime tributário : Empresas no Simples Nacional devem analisar se migrar para o Regime Regular pode ser mais vantajoso para gerar créditos e manter a competitividade.
3 – Reorganizar o fluxo de caixa : O impacto do Split Payment exige ajustes na política de prazos, financiamento e negociação com fornecedores.
4 – Investir em tecnologia e consultoria especializada : Ferramentas de gestão financeira e o suporte de especialistas serão essenciais para uma transição bem sucedida.
Conclusão: A Reforma Tributária Pode Ser uma Oportunidade para Pequenos Negócios
Embora a Reforma Tributária represente desafios, ela também pode trazer oportunidades para pequenas empresas que se estruturarem. Ajustar a precificação, otimizar custos e entender as novas regras fiscais serão passos fundamentais para manter a competitividade.
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Sobre a autora
Rosane Machado é fundadora da Romabc e cofundadora da Green+ consultoria focada em tornar negócios mais sustentáveis e rentáveis. Com mais de 20 anos de experiência em contabilidade, finanças, gestão e governança, é mestre em Controladoria e Finanças pela UNISINOS. Atua como vice-presidente de Micro e Pequena Empresa na ACI NH, liderando iniciativas estratégicas para o crescimento do setor. Como palestrante e professora, já formou mais de 10 mil alunos em cursos e instituições de ensino superior. Sua missão é compartilhar conhecimento e inovação para contribuição de negócios que almejam um futuro mais próspero e sustentável.